Doenças ou falhas congênitas no pulmão e no coração podem afetar o movimento natural da respiração, colocando a vida das pessoas em risco.
Para manter as funções respiratórias, é utilizado o ventilador pulmonar, que, inclusive, neste momento de pandemia do novo coronavírus, tem sido de extrema importância no auxílio aos médicos para o combate à doença a fim de salvar vidas.
Quando a capacidade respiratória fica comprometida, estamos diante do momento de instalar o aparelho para bombear a mistura com oxigênio, monitorar o paciente e a doença e determinar medidas seguras para a ventilação.
Na sequência, falaremos sobre esse importante aparelho que é determinante para a manutenção da vida.
Quer saber como ele funciona, as suas modalidades e as suas principais funções? Continue a leitura!
O que é um ventilador pulmonar?
É um equipamento essencial para a sobrevivência nos momentos de grande comprometimento das atividades cardiorrespiratórias.
Durante o período em que o paciente não consegue fazer o movimento respiratório sozinho, o aparelho faz, de forma mecânica, os movimentos que deveriam ser realizados pelo pulmão e mantém a circulação do oxigênio pelo corpo.
Como ele funciona?
O ventilador pulmonar substitui o movimento natural da respiração, mantendo a troca gasosa.
Ele pode ser usado através das vias aéreas, pelas vias orais ou por traqueostomia, mandando oxigênio para os pulmões e, depois, retirando a pressão para a expiração, mantendo a troca dos gases.
Qual a diferença em relação ao respirador?
Embora muitas pessoas confundam os dois termos e utilizem como se fossem a mesma coisa, eles são diferentes.
O ventilador mecânico é o aparelho que consegue substituir o processo respiratório e realiza, de forma artificial, a respiração pelo paciente quando ele não é capaz de fazê-la de modo satisfatório.
O respirador é qualquer instrumento que facilite a respiração, seja o aparelho mecânico, seja um nebulizador, seja qualquer outro que “assessore” na troca de gases.
Ele é bastante usado no auxílio da recuperação respiratória, colaborando para a respiração quando há algum desconforto pulmonar, facilitando o esforço respiratório.
Quais as modalidades existentes?
O ventilador pulmonar tem diversas funcionalidades (ou modalidades) e o uso vai depender do quadro e da necessidade do paciente.
Em alguns casos, o aparelho faz a maioria dos processos e, em outros, o paciente interage mais. A seguir, falaremos das modalidades disponíveis.
Ventilação com Volume Controlado (VCV)
Nessa modalidade, é feita a fixação do volume, da frequência respiratória e do fluxo inspiratório.
O disparo, que é o início da inspiração, acontece de acordo com a frequência respiratória estabelecida previamente.
Após atingir o volume definido, ocorre a ciclagem. A pressão varia com a ação respiratória do paciente.
Ventilação com Pressão Controlada (PCV)
Nessa modalidade, a dinâmica ventilatória do paciente interage com o processo mecânico.
A frequência respiratória, o tempo e o limite da pressão inspiratória são fixados, com a pressão limitada durante toda a fase inspiratória.
O fluxo é livre e desacelerado e a ciclagem do ventilador pulmonar é regulada por um tempo.
Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada (SIMV)
Nessa ventilação, os ciclos mandatórios são determinados previamente levando em consideração o esforço inspiratório do paciente, fazendo uma sincronia e ocorrem de acordo com a frequência do paciente.
Ventilação com Pressão de Suporte (PSV)
Aqui, o disparo é feito exclusivamente pelo paciente, seja pela pressão, seja pelo fluxo.
Nessa modalidade, a pressão é mantida durante a fase inspiratória e é ciclada quando cai o fluxo inspiratório, frequentemente por volta de 25% do pico.
O esforço respiratório do paciente e as condições do funcionamento do pulmão vão determinar o volume.
Pressão Contínua nas Vias Aéreas (CPAP)
É a modalidade em que o paciente respira espontaneamente e o ventilador pulmonar disponibiliza uma pressurização contínua.
Quais as principais funções?
O ventilador pulmonar tem como principal função substituir o processo respiratório, funcionando como um pulmão artificial, levando oxigênio e retirando o dióxido de carbono. Destacamos, abaixo, algumas funções associadas.
1. Substituição do movimento natural do corpo
Nos casos de pacientes mais graves, em que o esforço pulmonar não é suficiente para o processo da respiração, o equipamento funciona como um verdadeiro pulmão artificial.
2. Uso como suporte
A dificuldade na respiração pode advir de doenças congênitas no pulmão e no coração que podem requerer o suporte do ventilador pulmonar para a recuperação total ou durante toda a vida.
3. Troca gasosa
Ainda que não seja utilizado com todos os recursos disponíveis, já que, em algumas modalidades, o paciente consegue interagir, o aparelho colabora para a absorção do oxigênio e para a eliminação do dióxido de carbono.
Ele é sempre decisivo para que a troca gasosa seja efetiva.
4. Descanso da musculatura respiratória
A ventilação mecânica promove o descanso do músculo respiratório na medida em que assume o processo da troca gasosa de forma artificial.
Quando o paciente apresenta uma boa recuperação e vai deixar o ventilador pulmonar, é importante fazer o treinamento muscular respiratório no “desmame” da ventilação.
5. Tratamento de doenças respiratórias
O aparelho auxilia pacientes que sofrem com a redução da capacidade respiratória.
Durante uma crise de asma aguda, pode ser requerido o suporte ventilatório invasivo, embora essas intervenções não ocorram com frequência.
Quais as falhas possíveis e o que fazer para evitá-las?
O ventilador pulmonar é um equipamento que necessita de manutenção constante, tanto para a prevenção quanto para a correção. Todos os cuidados devem ser tomados, já que são aparelhos essenciais para a sobrevivência.
Para evitar possíveis falhas, é preciso considerar três pontos: o aparelho, o profissional que fará a manipulação e o ambiente.
No ambiente, devem ser observados a energia, as instalações elétricas, a temperatura e o fornecimento de gases.
Já os profissionais precisam estar atentos à utilização correta dos parâmetros, sempre de acordo com a necessidade do paciente, e aos problemas provenientes do mau uso.
Por fim, o aparelho deve ser testado considerando as informações técnicas, os sensores, as válvulas e os vazamentos.
Como você viu, o ventilador pulmonar é um equipamento essencial, principalmente no atendimento aos pacientes graves da Covid-19.
O vírus provoca um processo inflamatório que atinge o aparelho respiratório, causando pneumonia nos casos mais graves.
Esses aparelhos são disponibilizados nos CTIs e nas UTIs dos hospitais de todo o mundo, garantindo qualidade no atendimento e salvando vidas.
Por todos esses motivos, é importante a aquisição de aparelhos de qualidade para que um bom atendimento seja oferecido e para assegurar que as necessidades dos pacientes serão acolhidas.
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