O coração é o órgão responsável por bombear sangue para todo corpo. E esse bombeamento tem uma média de padronização que pode ser medida pelo débito cardíaco.
Você sabe exatamente como essa medida funciona e para quê serve?
Todo organismo tem suas particularidades e atividades ao longo do dia. Contudo, a performance do coração precisa estar de acordo com tais situações.
Se houver alguma disparidade, pode ser indício de que o funcionamento cardíaco não está em sua melhor forma.
E é sobre o que o débito cardíaco significa, sua mensuração e importância que vamos falar hoje. Confira a seguir!
O que é o débito cardíaco?
Antes de qualquer coisa, é importante compreender o funcionamento do coração. Considere que esse órgão é dividido em átrios esquerdo e direto e ventrículos esquerdo e direito.
O sangue chega ao átrio direito vindo do corpo, enquanto o átrio esquerdo recebe o sangue vindo pelas veias pulmonares esquerdas.
Já o ventrículo direito recebe o sangue do átrio direito e ejeta pela artéria pulmonar para que seja oxigenado. Enquanto isso, o ventrículo esquerdo recebe sangue do átrio esquerdo, enviando para a aorta.
Esse ciclo de entrada e saída de sangue pelo sistema cardíaco tem uma função clara, a oxigenação de todo o corpo. O débito cardíaco, por sua vez, representa o volume de sangue que é ejetado do ventrículo esquerdo para a aorta.
Como se trata de um funcionamento padronizado, o que acontece é que a mesma quantidade de sangue que entra pelo átrio direito precisa ser igual ao que sai do ventrículo esquerdo. Não deve existir perda de volume no processo.
Quando há um débito cardíaco diminuído ou abaixo do esperado, pode ser indício de alguma doença. Hipertensão, arritmias, choque cardiogênico e insuficiência cardíaca estão diretamente relacionadas à perda de volume.
Portanto, se trata de um aliado de diagnósticos.
Como é feita a mensuração do débito cardíaco?
Para determinar se há diminuição no débito cardíaco, é preciso analisar a entrada e saída de sangue. Existe uma fórmula pré-definida para conseguir chegar ao valor da DC.
É preciso multiplicar a frequência cardíaca (FC) pelo volume sistólico (VS).
A frequência cardíaca representa a quantidade de batimentos do coração por minuto. Ou, a quantidade de vezes em que ejetou o sangue por minuto.
Já o volume sistólico é a quantidade de volume de sangue que foi ejetado a cada um desses batimentos. O valor padrão do VS costuma ser de 70ml.
Para entender melhor, imagine uma pessoa cuja frequência cardíaca é de 80bpm. Se o bombeamento (VS) for mesmo de 70ml de sangue, o débito cardíaco será de 5.600 ml por minuto.
Essa média está próxima a 5.250 ml, que é o débito cardíaco comum à maioria das pessoas.
Em geral, considera-se que há um débito cardíaco diminuído quando o resultado do cálculo fica abaixo de 4.000ml por min. Já quando o valor fica acima de 8.000 ml por minuto, considera-se que o débito cardíaco é aumentado.
Em ambas as situações, o médico vai analisar outros fatores para determinar o motivo da alteração.
O quê influencia na mensuração do débito cardíaco?
Em situações de estresse, ou mesmo de atividade física, o valor do débito cardíaco pode sofrer alguma diferença. Imagine, por exemplo, uma corrida, em que a frequência cardíaca acelera, por exemplo.
O resultado possivelmente vai indicar mais ou menos ml por minuto. Contudo, o importante é que a entrada e saída de sangue sejam equivalentes.
Convém dizer ainda que o débito cardíaco não é um exame, é uma monitorização. Portanto, vai servir como parâmetro para atendimentos, em especial os pós cirúrgicos.
Quando o equipamento é de boa qualidade e é utilizado corretamente, o resultado tende a ser muito fidedigno. Há aparelhos com uma capacidade bastante ampla atualmente.
Como as novas tecnologias de monitores tornam o método mais preciso?
O primeiro avanço concreto na mensuração do débito cardíaco aconteceu na década de 60. Por meio de bioimpedância torácica, o monitoramento era contínuo e não invasivo.
Contudo, a medição não era adequada, pois superestimava débitos muito baixos e subestimava os muito altos. Logo, acabou sendo considerado falho.
A base de qualquer equipamento médico é garantir resultados fidedignos e não era o que acontecia na época.
Já na década de 70, foi desenvolvido um cateter que conseguia atingir a circulação pulmonar e fazer aferições inéditas. Foi por meio desse cateter que a mensuração do débito cardíaco atingiu um novo patamar.
Embora tenha sido eficiente por algum período, esse cateter foi substituído nos anos 90 por outro mais eficaz. Essa ferramenta mais versátil permitiu a medição inclusive de oxigenação tecidual.
A Mensuração
A mensuração do débito a partir de um modelo de curva de pressão arterial também foi desenvolvido ao longo dos anos. Por meio da tecnologia, esse modelo foi digitalizado.
O resultado foi o desenvolvimento de algoritmos que contribuem para a aferição adequada. Enquanto isso, o ecocardiograma se mostrou como uma forma de definir medidas estáticas e dinâmicas do organismo, incluindo o volume sistólico.
Também relacionado ao ecocardiograma foi desenvolvido o método doppler, em que a mensuração do débito acontece por meio da velocidade do fluxo de sangue na aorta ascendente.
O que acontece é que junto com a evolução das formas de aferição do débito cardíaco, outras tecnologias se desenvolveram.
Ao lado da monitorização, parâmetros de oxigenação se tornaram essenciais no monitoramento de pacientes.
Reforçando que o débito cardíaco não é um exame, mas sim uma forma de guiar o suporte hemodinâmico e a reposição volêmica.
O uso de sistemas de oximetria intravascular contínua nos cateteres se tornou um aliado dessa monitorização, especialmente porque há aparelhos com diferentes módulos em um único equipamento.
Quais os principais critérios para escolha de monitor de débito cardíaco?
Como os monitores de débito cardíaco evoluíram bastante, há muito mais confiança em seus resultados. Contudo, ainda assim é indispensável ser muito cuidadoso na escolha do aparato.
Na DIMAVE, todos os equipamentos contam com o devido registro na ANVISA, seguindo critérios rigorosos aos quais você precisa sempre ficar atento.
É importante sempre considerar questões como:
- Facilidade de manipulação;
- Segurança em relação a procedimentos invasivos;
- Acurácia dos resultados;
- Opções de variação de hemodinâmicas adicionais;
- Usabilidade.
Não é raro quem seja guiado apenas pelo orçamento. Contudo, a escolha equivocada de método ou aparelho tende a comprometer os resultados.
Como a tecnologia já evoluiu consideravelmente, não há porque se prender a aparatos que não garantam uma monitorização fiel.
Em resumo, o débito cardíaco é uma medida essencial para acompanhar o funcionamento cardíaco.
Seu cálculo é feito a partir do funcionamento do coração, sendo que a mensuração passou por diferentes etapas ao longo dos anos.
Conseguiu entender para quê serve a aferição dessa medida? Está em dúvida sobre qual aparelho oferece as funções mais completas? Aproveite para entrar em contato com a DIMAVE!
Nossa equipe está preparada para tirar todas as suas dúvidas!