Infarto, suas causas e tratamento

Infarto, suas causas e tratamento

Índice

O infarto, infarto agudo do miocárdio ou ataque cardíaco é um episódio que aflige o sistema cardiovascular.

O sistema cardiovascular é essencial para o funcionamento do organismo humano. É o responsável por conduzir oxigênio e nutrientes para todos os órgãos, tecidos e músculos do corpo humano. Qualquer distúrbio em seu funcionamento pode gerar condições perigosas e até levar o paciente à morte.

Neste artigo iremos falaremos sobre os seguintes tópicos:

Introdução

No Brasil, 30% das mortes são causadas por problemas no sistema cardiovascular. É a maior causa de óbitos no mundo. O infarto está entre as causas mais frequentes, sobretudo decorrentes de processos assintomáticos.

Na verdade, há sintomas, mas estes não são reconhecidos, na maioria das vezes, como tais.

Dores nas pernas e cansaço exagerado após pequenos esforços físicos são sintomas de que o sistema cardiovascular não está funcionando adequadamente. Isso sobrecarrega o coração, que precisa fazer um esforço maior para bombear o sangue.

Tal condição sugere que a circulação sanguínea está comprometida, normalmente por entupimento das veias. No entanto, a maioria das pessoas associa tais sintomas a condições como a idade e o sedentarismo.

Fatores de Risco

De fato, tanto a idade como o sedentarismo contribuem para o quadro e são fatores de risco para a saúde do corpo como um todo.

Se há sedentarismo e idade avançada, e se, paralelo a isso, o indivíduo tem sérias dificuldades quando obrigado a fazer algum esforço físico, apresentando cansaço e dores nas pernas, ele deve procurar o cardiologista para fazer uma avaliação.

Essa simples decisão será o ponto de partida para prolongar ou salvar uma vida. A outra ponta desse desafio é seguir as orientações médicas.

É possível reverter um quadro perigoso com mudança de hábitos, que deverá incluir a mudança na alimentação e o combate ao sedentarismo, com a prática regular de exercícios aeróbicos.

Isso mostra que parte da solução para o problema é a adoção de hábitos simples, embora a sociedade do século XXI pouco contribua nesse sentido.

Cada vez mais, somos inundados por tentações, propaganda de alimentos industrializados, que se incorporam à nossa rotina.

Ao mesmo tempo, a tecnologia trouxe muitas facilidades para o ser humano. Cada vez é preciso fazer menos movimento para conseguir coisas e realizar tarefas do dia a dia, o que leva a uma cultura de pouco movimento.

As facilidades da tecnologia chegam para trazer conforto e bem-estar. Não há por que tomá-las como inimigas, mas como conquistas.

Recomendações

A solução é aproveitar parte do tempo livre para se dedicar aos exercícios físicos programados, incorporados à rotina.

Mas sabemos que há outro problema, que é o ser humano cada vez mais ocupado na busca competitiva por autodesenvolvimento profissional e por um lugar ao sol no mercado de trabalho.

Tal situação leva as pessoas a se preocuparem cada vez menos com a boa alimentação. E nesta hora, é que entram em cena os fast foods, alimentação rica em carboidratos e pobre em outros nutrientes.

A isso se soma o consumo de alimentos industrializados, sempre ricos em açúcares, sódio e conservantes, quadro que se agrava quando a alimentação é rica em gordura.

Como entramos no grupo de risco?

A má alimentação em quantidade afeta o corpo em duas frentes fundamentais. A primeira é que não fornece os nutrientes importantes para o funcionamento do corpo, como vitaminas, proteínas, fibras e minerais. A segunda é que leva ao sobrepeso, outro fator grave de risco para a saúde.

Tanto é assim que a obesidade é tratada pela OMS – Organização Mundial de Saúde – como uma epidemia mundial. É um distúrbio decorrente da má alimentação e do sedentarismo.

A dieta rica em carboidratos e gorduras faz com que o organismo armazene o excesso em forma de triglicérides nas células adiposas. É o que leva ao aumento de peso, embora haja outros fatores, dentre eles os hormonais, que contribuem para esse distúrbio.

O sistema cardiovascular também é afetado. O excesso de gordura no sangue leva ao entupimento dos vasos, comprometendo o fluxo sanguíneo e sobrecarregando o coração, elevando a pressão arterial e originando uma série de riscos, como o AVC e o infarto agudo do miocárdio.

Como acontece o infarto?

O miocárdio é um músculo e, como sabemos, os músculos também precisam de sangue para receber oxigênio, condição elementar para todo o organismo humano. Quando um músculo recebe sangue insuficiente, ele tende a perder vitalidade e até morrer.

A função do miocárdio é manter o movimento do coração, que é necessário para abastecer todo o organismo através da circulação sanguínea. O próprio miocárdio é abastecido com sangue arterial através das artérias coronárias.

Quando essas artérias ficam comprometidas, o funcionamento do miocárdio entra em risco. Com o miocárdio comprometido, todo o sistema circulatório fica precário. Consequentemente, todo o organismo passa a ser prejudicado.

Quando o fluxo sanguíneo para o miocárdio é interrompido, o coração para de funcionar e bombear sangue para o resto do organismo, o que caracteriza o infarto fulminante, que leva o paciente à morte.

Quais são os sintomas do infarto e quais providências tomar?

Por isso é tão importante consultar regularmente o cardiologista para fazer exames para diagnosticar a situação do coração.

Pessoas que sofrem com obesidade, com mais de quarenta anos, que têm vida sedentária, dores nas pernas e cansaço quando submetidas ao menor esforço físico devem não só buscar a avaliação de sua condição cardíaca como adotar uma rotina mais saudável.

Quando nenhuma dessas providências é tomada, é possível que aconteça o pior. Nessa hora, é preciso identificar a grave ameaça à vida e saber como proceder.

O principal sintoma é a dor no lado esquerdo do peito. Com sensação de peso e aperto, em forma de pontada, irradiada para o pescoço, o braço esquerdo, a axila e as costas. O outro sintoma é a dormência ou sensação de formigamento no braço esquerdo.

O sintoma vem acompanhado de palidez, suor frio, mal-estar, tontura, enjoos, respiração acelerada ou ofegante, tosse seca e dor no estômago e nas costas.

É chegada a hora de correr para a emergência, pois é possível evitar algo mais grave com o pronto atendimento.

Qual o procedimento médico?

Pelos sintomas, o médico identificará o infarto, que será confirmado com exames. Os exames realizados são:

Eletrocardiograma – Que avalia o grau de comprometimento do desempenho do coração;

– Monitor de pressão sanguínea;

Oxímetro de pulso, um equipamento que mede o teor de oxigênio no sangue;

– Exames de sangue – Servem para medir o nível de enzimas produzidas pela destruição das células do coração;

– Ecocardiograma – É um exame de ultrassom, que utiliza ondas sonoras de alta frequência para fornecer à equipe médica uma visão geral do coração;

– Angiografia coronária – É um exame investigativo, com a utilização de um cateter, que é introduzido nas artérias até chegar ao coração, identificando pontos onde há obstrução sanguínea.

Paralelo aos exames, a equipe médica tentará restabelecer o fluxo sanguíneo para o coração, de modo a evitar maior comprometimento do miocárdio. O tratamento é feito com medicamentos trombolíticos, que têm a finalidade de dissolver os coágulos no interior das artérias.

A angioplastia é a utilização de um cateter com um balão na ponta, que é inflado dentro das artérias para desobstrui-las. Um equipamento em forma de rede, chamado stent, é introduzido para evitar que a artéria volte a se fechar.

Quando nenhum desses tratamentos parece suficientemente eficaz, o paciente pode ser submetido a uma cirurgia de ponte coronariana, a chamada ponte de safena. Nesse caso, a artéria é inutilizada, sendo o fluxo restabelecido através de um vaso de outra parte do corpo.

Em qualquer caso, o tratamento do paciente deve ser feito em longo prazo. A partir de um combate permanente aos fatores de risco, como tabagismo, que deve ser abandonado; má alimentação; pressão alta; colesterol alto; diabetes; sedentarismo e sobrepeso.

Tipos de infarto

– Infarto STEMI – É aquele em que ocorre o bloqueio completo da artéria coronariana.

– Infarto NSTEMI – Quando o bloqueio é parcial.

Há outra classificação em cinco tipos diferentes relacionados às causas do bloqueio das coronárias:

Tipo 1 – Está relacionado a fatores como a isquemia decorrente de problemas como erosão ou ruptura da placa; fissura ou dissecação.

Tipo 2 – Situações em que a isquemia está relacionada à escassez de oxigênio em relação à demanda, como o espasmo da artéria, hipertensão, hipotensão, arritmias e embolias coronárias.

Tpo 3 – Caracterizada pela morte súbita e inesperada do músculo cardíaco, causada pelo bloqueio do ramo esquerdo ou possibilidade de um trobo fresco na artéria.

Tipo 4 – É o infarto decorrente do tratamento feito através da angioplastia, que traz riscos, como a ocorrência da trombose de stent.

Tipo 5 – É decorrente da cirurgia de revascularização do miocárdio.

Para que os riscos de sofrer com o problema sejam diminuídos, adote um estilo de vida saudável.

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