A área da saúde está em constante transformação para atender cada vez melhor às necessidades das pessoas. E foi a partir da preocupação em oferecer tratamentos inovadores e adequados a cada paciente que surge a medicina de precisão. Esse conceito está ganhando espaço em clínicas e hospitais, conquistando mais e mais adeptos.
O fato é que o mercado de saúde tende a evoluir para a personalização, de forma que as instituições e os profissionais voltem a atenção total para cada paciente de maneira única. O objetivo é encontrar soluções mais precisas para os problemas dos pacientes, uma vez que as doenças se manifestam diferente em cada um.
Para tanto, o desenvolvimento tecnológico tem contribuído bastante, permitindo diagnósticos mais assertivos e tratamentos individualizados. Mas como aplicar essa ideia na prática? Continue lendo e entenda melhor como funciona a medicina de precisão!
O que é medicina de precisão?
Medicina de precisão é a prática médica voltada para o atendimento personalizado do paciente. Cada indivíduo é tratado de acordo com as suas especificidades, o seu perfil genético e o modo como os problemas de saúde afetam seu organismo.
Na medicina convencional, é comum uma abordagem das doenças a partir de suas características gerais. São tratados os sintomas e as manifestações clínicas, e os pacientes recebem um tratamento padrão, segundo o que é mais indicado para os casos.
A questão não é que esse modelo não funcione. Pelo contrário, a medicina convencional tem obtido bons resultados durante anos, aperfeiçoando técnicas e procedimentos. No entanto, a medicina comum não considera, necessariamente, a forma como as doenças se desenvolvem em cada pessoa, uma vez que o organismo pode reagir a elas de modo diverso.
Como funciona na prática?
A medicina de precisão busca soluções personalizadas para o tratamento do paciente. Sua prática exige o máximo de informações sobre o histórico de saúde, alterações genéticas e condições fisiológicas de quem é atendido.
Esses dados podem ser obtidos a partir de exames, testes laboratoriais, sequenciamentos de genomas e outros métodos. O mais importante é conhecer como o indivíduo se relaciona com o próprio organismo e o ambiente ao redor.
A partir da coleta, os dados são processados e transformados em algoritmos matemáticos que podem ser utilizados para compor um novo padrão clínico que, por sua vez, ajuda a determinar qual o melhor tratamento para cada paciente.
É uma área que aplica conceitos físicos e matemáticos com muita tecnologia para alcançar melhores resultados. Apesar de a medicina de precisão ainda não ser muito praticada no Brasil, já é objeto de estudo em diversas instituições.
A tendência é que a área conquiste mais espaço nos próximos anos. O próprio desenvolvimento tecnológico, a inserção de novas tecnologias e ferramentas devem acelerar esse processo.
Como implementá-la no seu hospital?
Em um primeiro momento, a medicina de precisão pode parecer ainda fora da realidade de muitas instituições. No entanto, basta analisar algumas mudanças que já estão em curso para perceber que vale a pena investir um pouco mais e implementá-las. Afinal de contas, a área contribui para uma maior eficiência operacional e nos tratamentos.
A seguir, explicamos mais sobre como é possível aplicar a medicina de precisão no seu hospital ou clínica.
Conte com uma equipe multidisciplinar
O primeiro passo para a implementação da medicina de precisão é manter uma equipe multidisciplinar. Não nos referimos apenas a médicos de diferentes especialidades e outros profissionais da saúde, como biomédicos, nutricionistas e fisioterapeutas.
É importante ter na equipe profissionais das áreas de genética, bioquímicos, biólogos e especialistas em tecnologia, como engenheiros de software e de dados. Além dos conhecimentos específicos que podem ser usados para encontrar uma abordagem terapêutica mais adequada, os profissionais podem ajudar a usar técnicas e ferramentas mais modernas para uma maior precisão.
Invista em equipamentos mais modernos
Os profissionais certamente precisam de equipamentos modernos, de qualidade e altamente tecnológicos, que agregam mais eficiência e rapidez a rotina de trabalho. Então, é necessário investir em máquinas para exames e testes, além de supercomputadores para o processamento dos dados dos pacientes.
Personalize a infraestrutura da instituição
Como vimos, a característica fundamental da medicina de precisão é a personalização, e isso deve se refletir em todo o hospital. Os ambientes, consultórios e as salas funcionam como um cartão de visitas, que transmite uma imagem da instituição para os pacientes.
Infelizmente, grande parte dos hospitais seguem modelos padronizados e pouco acolhedores, que não combinam com o modelo de precisão. Além disso, é importante adaptar os espaços para receber novos profissionais e suas demandas.
Integre os dados do hospital
Para que a medicina de precisão funcione na prática, é necessário contar com uma boa infraestrutura de tecnologia da informação. Equipamentos e softwares devem atuar no processamento rápido de uma grande quantidade de dados.
Os dados precisam ser integrados para facilitar a rotina dos profissionais e agilizar o atendimento aos pacientes. Podem ser usados, por exemplo, servidores locais ou em nuvem, além de softwares de armazenamento e processamento. Ademais, tecnologias como a Inteligência Artificial e o Big Data agregam ainda mais eficiência.
Invista mais em tecnologia
A verdade é que não existe medicina de precisão sem tecnologia. Inclusive, o seu desenvolvimento está intimamente ligado à criação de novas ferramentas, como as que foram citadas acima, além do prontuário eletrônico, que reúne todas as informações dos pacientes.
Junto com a tendência de incorporar profissionais de outras áreas na medicina, médicos e profissionais da saúde necessitam de ferramentas modernas para conseguir bons resultados. A medicina de precisão, de modo geral, foi desenvolvida com a integração de outros profissionais e novas tecnologias na área médica.
O fato é que a medicina de precisão deve se transformar a área da saúde em pouco tempo, uma vez que gera melhores diagnósticos, prescrição de medicamentos mais eficazes e até a prevenção de doenças. Portanto, saem na frente instituições que investem nessa tendência para oferecer um serviço cada vez mais personalizado aos pacientes.
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