O futuro da saúde no Brasil depende A pandemia da Covid-19 chamou a atenção da população, de autoridades municipais e estaduais para uma prioridade de todos: a saúde. O vírus tem mobilizado diversos setores da sociedade para o seu combate, principalmente as lideranças públicas, que têm feito reuniões e palestras com frequência.
Um dos assuntos mais debatidos é o SUS (Sistema Único de Saúde) e a sua capacidade de atender à população em geral. Contudo, é um fato que nem sempre a infraestrutura dos hospitais públicos (e nem mesmo particulares) condiz com a alta demanda por leitos.
As discussões sobre os perigos e as mudanças geradas pela Covid-19 levam à pergunta sobre o que esperar, afinal de contas, do futuro da saúde no Brasil? Muitas demandas econômicas e políticas ainda precisam ser solucionadas. Vamos abordar mais sobre esse assunto em nosso artigo. Confira!
A importância do SUS na saúde brasileira
Não se pode falar em saúde brasileira sem citar o SUS. Apesar das dificuldades, o Brasil é um dos países com os maiores números de atendidos na saúde pública
Porém, o Sistema Único de Saúde sofre com uma grande carência de financiamento e coordenação das entidades responsáveis pela sua gestão. Entre as soluções para melhorar o SUS, podemos citar as descritas na Publicação Oficial do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein:
- reduzir a desagregação do sistema;
- aperfeiçoar a gestão;
- investir mais no atendimento inicial das pessoas;
- incentivar as medidas preventivas de enfermidades;
- desburocratizar o máximo possível;
- investir no desenvolvimento de carreira e na retenção de médicos no sistema público;
- estimular e coordenar os municípios a atuarem em conjunto;
- otimizar os dados de todos os usuários em formato eletrônico;
Como o defende o Instituto, é preciso que a saúde seja uma responsabilidade tanto do Estado quanto da população. Da mesma forma que a manutenção do SUS é algo indispensável para a sociedade brasileira, o cidadão precisa contribuir para garantir sua própria saúde, especialmente no momento de pandemia.
A motivação do setor de saúde após a pandemia
O futuro da saúde no Brasil está ligado à crise de coronavírus. A contingência levou muitos hospitais e profissionais da área da saúde a atuarem não somente de forma reativa, mas também de forma proativa.
É mais que fundamental orientar a população no sentido de tomar medidas preventivas, como o uso da máscara e do álcool em gel. Também é necessário respeitar o distanciamento e, quando necessário, o isolamento social. Trata-se de uma reeducação de hábitos.
A pandemia contribui para que todos avaliem a importância da saúde e da manutenção de hábitos de higiene simples, como lavar as mãos. O uso de máscara se dissemina além das fronteiras a que estava restrito: hospitais e clínicas, bem como outras instituições de saúde.
Por outro lado, a pandemia gerou um cenário de tristeza. Muitas pessoas vieram a óbito e seus parentes não puderam velar os corpos com o tempo de luto merecido, pois os sepultamentos precisam acontecer no menor tempo possível.
Na pandemia e após esse momento, as medidas de precaução são necessárias até que seja possível manter um controle maior sobre a disseminação do vírus.
A importância da tecnologia para o futuro da saúde no Brasil
No passado, no presente e no futuro da saúde no Brasil, a tecnologia sempre será uma aliada. Abaixo, entenda a sua importância sob três aspectos: as vacinas, os benefícios aos pacientes e as ferramentas hospitalares.
As vacinas
A Fiocruz produz a Oxford/AstraZeneca contra o vírus da Covid-19 em função de um acordo de encomenda tecnológica com a empresa europeia responsável por sua fabricação.
Também está em andamento um processo para transferir tecnologia que garanta a Fiocruz capacidade de produção do IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) para a fabricação das vacinas de prevenção a Covid-19.
Aliado a isso, o Instituto Butantan trabalha na produção de ButanVac, uma vacina totalmente brasileira. As perspectivas são de que, em julho de 2021, 18 milhões de doses estejam prontas.
Sem a devida tecnologia, não é possível fabricar a ButanVac: aplicação de luz sobre os ovos que receberão o vírus, incubadoras, câmara de resfriamento e outros aparelhos e equipamentos fundamentais nesse processo.
Os benefícios ao paciente
Boa parte do tempo de um profissional de saúde é destinada a aspectos burocráticos. Para solucionar essa questão, a automação de processos permite um atendimento mais humanizado.
Com ela, o profissional pode dedicar mais tempo a quem realmente precisa de atenção: o paciente. Por exemplo, a integração de dados nos registros dos pacientes diminui a necessidade de duplicidade ao preencher esses papeis ou arquivos.
Além disso, profissionais da área de saúde podem analisar com mais agilidade as informações por meio de sistemas que dão suporte a suas decisões e permitem rápidas consultas a prontuários completos.
As ferramentas para hospitais
Há ferramentas que melhoram a qualidade das informações dadas aos pacientes e a adoção de tratamentos. Um bom exemplo é a telemedicina, grande aposta para o futuro da saúde no Brasil. Nela, o médico atende o paciente em uma plataforma online acessada por computador ou dispositivo móvel, sem a necessidade de um encontro presencial.
Dessa forma, o médico pode consultar diferentes casos, solicitar exames, realizar um diagnóstico, prescrever um tratamento e fazer os acompanhamentos online.
A telemedicina, ou atendimento remoto, é especialmente importante no cenário de isolamento social, pois contribui com as medidas preventivas de distanciamento. Também é uma solução para pessoas que apresentam dificuldades de mobilidade, como idosos, pessoas acamadas, paraplégicos e obesos.
Muitos exames podem ser feitos em domicílio, e os resultados enviados por meio de ferramentas digitais, como e-mail ou WhatsApp.
Diferentes pesquisas revelam que o amanhã trará novos desafios. Isso significa que o futuro da saúde no Brasil, apesar das boas perspectivas, terá percalços. Há muitas questões a enfrentar, de natureza econômica e política. As demandas da sociedade exigem mais organização, planejamento e estrutura dos sistemas de saúde.
Jairnilson Paim, professor do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA, em reportagem para o portal Reconta Aí, esclarece que estudos sobre o futuro da saúde no Brasil e no mundo indicam que as nações precisam desenvolver uma sustentabilidade cientifico-tecnológica. Só dessa forma é possível ganhar mais autonomia em relação ao mercado internacional.
Como vimos, o país ainda depende de insumos de fora para fabricar vacinas contra a Covid-19, mas trabalha com o objetivo de ser capaz de produzir o IFA. O futuro da saúde no Brasil é promissor, e a tecnologia tem um papel de amplo destaque nos próximos anos.
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