Saiba como melhorar o engajamento do paciente em clínicas e hospitais

Saiba como melhorar o engajamento do paciente em clínicas e hospitais

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Qual o segredo do sucesso em desfechos clínicos na área da saúde? Na maioria das vezes imaginamos médicos renomados, investimento em tecnologia, equipamentos novos e modernos e investimento em medicamentos novos, seguros e eficazes.

Realmente, são pontos imprescindíveis para alcançar resultados positivos em saúde. Mas não podemos esquecer que para um desfecho em saúde ser positivo, o paciente precisa estar engajado no seu processo de cuidado. De nada adianta toda a tecnologia, médicos e profissionais de saúde conceituados se o paciente não assume compromisso com seu tratamento, por exemplo.

O engajamento do paciente se configura então como parte fundamental para alcançarmos desfechos clínicos favoráveis. Além disso, pode favorecer outras áreas, melhora na qualidade da assistência, segurança e redução de custos de forma geral. Continue conosco e entenda um pouco mais!

O que é o engajamento do paciente?

Esse termo se refere ao envolvimento do paciente em todo seu processo de cuidado. Isso não abrange apenas a recuperação de uma doença, mas também o envolvimento a ponto de serem consideradas ações de promoção em saúde, como a melhora dos seus hábitos de vida, por exemplo.

Historicamente há a cultura de que a saúde é propriedade de profissionais de saúde, principalmente o médico, tornando o paciente um sujeito passivo, quanto a ela. Promover que esse paciente se engaje quanto a seu corpo é um processo não muito fácil, mas vem crescendo e se popularizando.

Em contrapartida, estamos atravessando uma era digital que possibilita o acesso fácil à informação. Cada vez mais as pessoas buscam respostas na internet, formam uma opinião sobre seu estado de saúde e costumam procurar a equipe de saúde para sanar suas dúvidas e atestar o que viram em suas pesquisas.

As instituições de saúde precisam entender esse movimento e promover o engajamento de forma adequada, estando preparada para receber esses pacientes mais empoderados ou auxiliar no processo do engajamento dos pacientes mais passivos.

Para isso o paciente deve compreender que é a principal parte envolvida no seu cuidado, é o seu principal responsável. Essa mudança de comportamento e cultura apresenta grande importância para as instituições de saúde e é sobre isso que falaremos agora.

Qual a importância de ter pacientes engajados?

Ter pacientes engajados é importante para a melhora dos desfechos clínicos, de maneira ampla. Há aumento na qualidade da assistência, da segurança do próprio paciente, dos resultados assistenciais como um todo, da comunicação entre a equipe e paciente/ familiares, melhorando também a satisfação e experiência do paciente com aquele serviço em saúde.

Sabemos que quanto mais ativo o paciente é, em relação a seu cuidado, menos demandará o sistema de saúde, fazendo apenas em casos realmente necessários. Um paciente engajado se cuida e previne que seja acometido por problemas de saúde evitáveis, ou atenua seu tratamento, desafogando emergências e pronto-socorros, o que auxilia a reduzir custos, de maneira geral.

Além disso, pacientes envolvidos com seu processo de cuidado costumam aderir melhor ao tratamento preconizado, apresentando menor taxa de readmissão hospitalar, o que também reduz custos, por exemplo. Para os pacientes crônicos isso é extremamente importante, porque além da redução de custos há também um aumento na qualidade de vida.

Agora que você já entendeu a importância de promover o engajamento do paciente, vamos dar algumas dicas de como melhorar esse ponto em instituições e operadoras de plano de saúde.

Dicas de como melhorar o engajamento do paciente em clínicas e hospitais

1. Atendimento centrado no paciente e treinamento da equipe assistencial

A humanização da assistência vem ganhando destaque há algum tempo e é parte fundamental para aumentar o envolvimento do paciente no seu processo de cuidado. Com um cuidado humanizado, o foco do atendimento é voltado para o paciente, considerando sua história de vida, seu entendimento do problema e o torna co-responsável pelo seu processo de recuperação e manutenção da saúde.

Porém, nem toda equipe que lida com pacientes está acostumada a prestar essa assistência de forma humanizada. Por isso, realizar treinamento de forma contínua abordando o assunto é essencial para que o cuidado centrado no paciente seja mantido em uma instituição ou operadora de saúde.

2. Relação de confiança entre médico e paciente

Por mais que a equipe seja treinada para abordar o paciente de forma humanizada, considerando-o como um indivíduo único e escutando de fato suas queixas, ainda há na figura do médico um peso maior para a maioria dos pacientes. Afinal é o profissional que diagnostica e prescreve o tratamento, com um grande poder de decisão dentro da equipe assistencial.

É importante que o médico também incorpore a humanização no seu atendimento, se aproximando o máximo que puder desse paciente, de sua história, considerando os aspectos relevantes da sua vida, para então conseguir acessar seus receios e orientá-lo com mais precisão.

Um bom médico deve dar espaço, considerar as opiniões, receios e dúvidas dos pacientes, já que hoje temos mais acesso a informação. É importante adequar a linguagem ao grau de instrução, explicar sobre a doença, aprofundando ou não a depender do desejo e entendimento do paciente, explicar sobre o tratamento, oferecendo opções, se possível, compartilhando a tomada de decisão sobre o melhor caminho a seguir.

Dessa forma o paciente se sente parte do seu processo de cuidado e entende que é o grande responsável pelo seu tratamento e sua saúde, além de confiar mais no médico para se abrir em outros momentos. Essa abertura possibilita o esclarecimento de dúvidas, e também aumenta a adesão ao tratamento.

Como culturalmente, os pacientes são mais passivos, é importante que o médico perceba quando precisará provocar esse engajamento, abordando o paciente com linguagem adequada, buscando por dúvidas. É fundamental que o médico adquira e treine habilidades, como comunicação empática e escuta ativa para garantir uma abordagem mais humanizada e adequada possível.

3. Uso da tecnologia

A tecnologia vem se mostrando grande aliada para melhorar os resultados em saúde. Com o engajamento do paciente, não seria diferente. Há diversos aplicativos que podem ser utilizados, relacionados a hábitos de vida ou controle de sintomas para pacientes crônicos, que auxiliam a promover o envolvimento do paciente com sua saúde.

Com o apoio da inteligência artificial, não apenas coletam, mas analisam esses dados, oferecendo um resumo personalizado. Além disso, outras contribuições tecnológicas, como a telemedicina, auxiliam nesse envolvimento do paciente, facilitando o acesso a consultas médicas.

Outra forma é prover canais de comunicação entre a equipe e o paciente, de forma simples e remota, como a possibilidade de envio de e-mail. Isso aumenta a confiança do paciente na instituição e na equipe, deixando ele mais a vontade para esclarecimento de possíveis dúvidas.

4. Uso de equipamentos novos e de alta tecnologia

Investir em qualidade dentro da assistência também engloba uma melhoria contínua por infraestrutura, o que possibilita rapidez, precisão, além de diagnósticos e tratamentos adequados.

Contar com a disposição de equipamentos hospitalares novos e de alta tecnologia aumenta a confiança do paciente na instituição, também contribuindo para o engajamento desse paciente em seu processo de cuidado.

Podemos perceber que o engajamento do paciente é de grande importância para as instituições e operadoras de saúde, por auxiliar a garantir desfechos clínicos favoráveis, aumentando a qualidade da assistência, segurança e resultados clínicos, além de possibilitar redução de custos. Por isso é fundamental adotar mudança de cultura para auxiliar nesse movimento.

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